sábado, 9 de julho de 2016

UMA ESTÓRIA

(tradução livre)
Eu disse ao meu filho: "Vais casar com a rapariga que eu escolher."
Ele respondeu: "NÃO!"
Eu falei: "Ela é a filha do Bill Gates."
Ele disse: "Táss bem!"
Telefonei ao Bill Gates e disse: "Eu quero que a tua filha  case com o meu filho."
Bill respondeu: "NÃO!"
Eu disse a Bill: "O meu filho é diretor do Banco Mundial."
Bill Gates disse: "OK."
Então telefonei ao Presidente do Banco Mundial e pedi-lhe: "Faz do meu filho o director do banco."
Ele foi resoluto: "NÃO!!"
Eu disse-lhe: "Mas, o meu filho é genro do Bill Gates."
Então ele anuiu: "OK."

É ASSIM QUE FUNCIONA A POLITICA.

Por Bill Keller

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A agonia do colesterol

  • Nunca me convenci de que essa obsessão de baixar o colesterol à custa de medicamentos aumentasse a longevidade de pessoas saudáveis.
  • Essa crença --que fez das estatinas o maior sucesso comercial da história da medicina-- tomou conta da cardiologia a partir de dois estudos observacionais: Seven Cities e Framingham, iniciados nos anos 1950.
  • Considerados tendenciosos por vários especialistas, o Seven Cities pretendeu demonstrar que os ataques cardíacos estariam ligados ao consumo de gordura animal, enquanto o Framingham concluiu que eles guardariam relação directa com o colesterol.
  • A partir dos anos 1980, o aparecimento das estatinas (drogas que reduzem os níveis de colesterol) abafou as vozes discordantes, e a classe médica foi tomada por um furor anticolesterol que contagiou a população. Hoje, todos se preocupam com os alimentos gordurosos e tratam com intimidade o "bom" (HDL) e o "mau" colesterol (LDL).
  • A FDA em directrizes publicadas no ano 2001 recomendava manter o LDL abaixo de cem a qualquer preço. Ainda que fosse preciso quadruplicar a dose de estatina ou combiná-la com outras drogas, sem qualquer evidência científica que justificasse tal conduta.
  • Apenas nos Estados Unidos, esse alvo absolutamente arbitrário, fez o número de utilizadores de estatinas saltar de 13 milhões para 36 milhões. Nenhum estudo posterior, patrocinado ou não pela indústria, conseguiu demonstrar que essa estratégia fez cair a mortalidade por doença cardiovascular.
  • Cardiologistas radicais foram mais longe: o LDL deveria ser mantido abaixo de 70, alvo inacessível a mortais como você e eu. Seríamos tantos os candidatos ao tratamento, que sairia mais barato acrescentar estatina ao suprimento de água domiciliar, conforme sugeriu um eminente professor americano.
  • Pois bem. Depois de cinco anos de análises dos estudos mais recentes, a American Heart Association e a American College of Cardiology, entidades sem fins lucrativos, mas que recebem auxílios generosos da indústria farmacêutica, atualizaram as diretrizes de 2001.
  • Pasme-se, leitor de inteligência mediana como eu. Segundo elas, os níveis de colesterol não interessam mais.
  • Portanto, se seu LDL é alto não fique aflito para reduzi-lo: o risco de sofrer ataque cardíaco ou derrame cerebral não será modificado. Em português mais claro, ESQUEÇA TUDO O QUE FOI DITO NOS ULTIMOS 30 ANOS.
  • A indústria não sofrerá prejuízos, no entanto: as estatinas devem até ampliar sua participação no mercado. Agora serão prescritas para a multidão daqueles com mais de 7,5% de chance de sofrer ataque cardíaco ou derrame cerebral nos dez anos seguintes, risco calculado a partir de uma fórmula nova que já recebe críticas dos especialistas.
  • Se reduzir os níveis de colesterol não produz alguma proteção, por que insistir nas estatinas? Porque elas têm ações anti-inflamatórias e estabilizadoras das placas de aterosclerose, que podem dificultar o desprendimento de coágulos capazes de obstruir artérias menores.
  • O argumento é consistente, mas qual o custo-benefício?
  • Recém-publicado no "British Medical Journal", um artigo baseado nos mesmos estudos avaliados pelas directrizes mostrou que naqueles com menos de 20% de risco em dez anos as estatinas não reduzem o número de mortes nem de eventos mais graves. Nesse grupo seria necessário tratar 140 pessoas para evitar um caso de enfarto do miocárdio ou de derrame cerebral não fatais.
  • Ou seja, 139 tomarão inutilmente medicamentos caros que em até 20% dos casos podem provocar dores musculares, problemas gastrointestinais, distúrbios de sono e de memória e disfunção eréctil.
  • A indicação de estatina no diabetes e para quem já sofreu ataque cardíaco, por enquanto, resiste às críticas.
  • Se você, leitor com boa saúde, toma remédio para o colesterol, converse com seu médico, mas esteja certo de que ele conhece a literatura e leu com espírito crítico as 32 páginas das novas directrizes citadas nesta coluna.
  • Preste atenção: mais de 80% dos ataques cardíacos ocorrem por conta do cigarro, vida sedentária, obesidade, pressão alta e diabetes. Imaginar ser possível evitá-los sentado na poltrona, às custas de uma pílula para abaixar o colesterol, é pensamento mágico.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

EU SOU!

O que é que EU SOU?
Sou muitas coisas mas ao mesmo tempo não sou nada.
Sou o que me dizem que sou? Ou sou o que eu acho que sou?
Sou o meu nome, a minha idade, a minha profissão, a minha família, os meus filhos, as minhas qualidades e os meus defeitos, aquilo que digo e aquilo que não digo, aquilo que faço e o que não faço, aquilo que como e que bebo, aquilo que visto, aquilo que conduzo e aquilo que compro?
Serei também aquilo que vejo, aquilo que respiro, aquilo que sinto, aquilo que rio e aquilo que choro?
E quando morrer continuo a ser ou deixo de ser? Sou a vida ou também sou a morte? Sou tudo agora e não sou nada depois de morrer? Ou não sou nada agora e serei tudo quando morrer? Porque ser também é não ser, e não ser também é ser… Então se eu sou tudo e também não sou nada, se sou muita coisa e também sou pouca coisa, devo simplesmente dizer que “EU SOU”!

sábado, 27 de setembro de 2014

ESPIRITUALIDADE?

Espiritualidade é um modo de vida, é um estado de espírito, é uma abertura mental, é uma aspiração à transcendência.

Espiritualidade não é uma religião, não é uma doutrina, não é o sacerdócio, não é uma crença e nem uma opinião.

Espiritualidade é sentir arder uma chama interior que ilumina o nosso caminho no caos e nas trevas que vivemos no mundo.

Espiritualidade é a confiança expressa nas palavras “Ainda que eu ande pelo vale da sombra e da morte, nada temerei.”

Espiritualidade é entender que somos como crianças a tomar uma vacina, que magoa muito no momento, negamos, gritamos e esperneamos, mas que depois imuniza nosso espírito.

Espiritualidade é ir além, é a consciência de que a vida não se encerra na morte, de que é preciso haver continuidade dentro da descontinuidade. De que tudo que começa, termina; tudo que nasce, morre; tudo que vai, volta. De que para cada problema há uma solução, para cada lágrima derramada há sempre um consolo e para cada perda há sempre um ganho.

Espiritualidade é reconhecer um propósito em todas as coisas, e recusar a existência da sorte, do azar e do acaso. É ter paciência e confiar que, um dia, o significado de tudo será desvendado.

Espiritualidade é dar de si mesmo, é renunciar ao pequeno para obter algo maior, é abdicar de nossas pequenas posses para ganhar tudo o que sempre nos pertenceu. É fazer das florestas do mundo nosso jardim, é fazer do céu o nosso teto, é fazer dos mares e rios a nossa piscina, é fazer da Terra a nossa casa. É cuidar do tudo, de cada ser e coisa, e não apenas de nossos escassos bens terrenos.

Espiritualidade é ver por dentro, é não se deixar levar pelas aparências, é reconhecer o essencial em cada mínimo aspecto da vida, é satisfazer-se com pouco para obter muito, é rasgar o véu da ilusão e desejar entender o mistério da vida.

Espiritualidade é pedir pouco e agradecer muito. É dar muito e nada pedir em troca. É fazer sem esperar retribuições. É perdoar, é arrepender-se, é refazer, é renovar, é reaprender a ver o mundo e a si mesmo.

Espiritualidade é fazer do seu professor o lírio do campo, as árvores ao vento, a tempestade nebulosa, o orvalho numa flor, a borboleta esvoaçando, o rio fluindo, os pássaros cantando. É aprender com a mais insignificante criatura.

Espiritualidade é deixar o humano morrer para o divino nascer. É trazer o céu para a Terra. É viver na Terra o céu que desejamos após a morte. É debruçar-se no inferno resgatando as almas perdidas e errantes. É ser uma luz no meio da escuridão.

Espiritualidade é dormir quando se tem sono, é comer quando se tem fome, é olhar a montanha e ver a montanha, é molhar as mãos no rio e sentir o frescor das águas, é ver aquilo que está ali, é não intelectualizar tudo, é sentir a essência das coisas e mergulhar na essência da vida.

Espiritualidade é estender a mão aos que sofrem, é dar conforto aos que choram, é dar abrigo aos sem teto, é dar conselhos aqueles que se perderam, é esclarecer aqueles que têm dúvidas, é dar de si mesmo em prol de todos, é fazer o bem pelo bem, é morrer pela verdade para renascer na plenitude.

Espiritualidade é dispensar as palavras e os discursos fúteis e navegar nas paragens do silêncio interior. É aprender a ouvir a vida, a ouvir a si mesmo, a diminuir a corrente dos pensamentos, é tranquilizar o turbilhão das emoções, é fazer circular as energias, é deixar tudo fluir.

Espiritualidade é viver na simplicidade, naturalidade e na espontaneidade. É libertar-se de tudo o que é passageiro, perecível, transitório. É mergulhar na vida sem medo, sem travas, sem amarras, sem correntes, sem bloqueios. É viver, e apenas viver, sentindo a vida como ela é. É não precisar de nada, não depender de coisa alguma, não se deixar influenciar pelas marés agitadas da confusão.

Espiritualidade é libertação, é humildade, é Fé, é Amor e é Esperança.

domingo, 21 de setembro de 2014

CAMINHOS DA VIDA


Quando cortas uma flor para ti, 
começas a perdê-la... porque murchará em tuas mãos e não se fará semente para outras primaveras.

Quando aprisionas um passarito para ti, começas a perdê-lo... 
Porque não mais cantará
no bosque para ti nem criará outros passarinhos no seu ninho.

Quando guardas teu dinheiro
começas a perdê-lo... 
porque o dinheiro não vale por si, mas pelo o que com ele se pode fazer.

Quando não arriscas
tua liberdade para tê-la,
começas a perdê-la...
porque a liberdade que tens se comprova quando te atiras optando e decidindo.

Quando não deixas partir o teu filho para a vida, começas a perdê-lo... porque nunca o verás 
voltar para ti livre e maduro.

Lembra-te sempre: Não existe preço para a Liberdade, mas uma belíssima recompensa para quem a utiliza com desprendimento de alma ... 

Ter para sempre, junto à ti Fidelidade daqueles que livres dos grilhões, se comprazem em serem teus eternos admiradores!

Quem Ama ... Liberta com a certeza da volta expontânea ao aconchego !

Aprende no caminho da vida
a padadoxal lição da experiência:
Sempre ganhas o que deixas
e perdes o que reténs...

Desejo-te hoje,um dia rico em serenidade, harmonia e compreensão para libertar os sentimentos de posse e que o amor seja o teu grande diferencial de vida!

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dever e Trabalho


O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.
Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.
Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove as tarefas consideradas maiores.
A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.
Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.
Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.
Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.

Do livro "Sinal Verde"
André Luiz
Francisco Cândido Xavier